Capitulo 1 - Parte 4

Olá a todos!
Obrigada pelos comentários!
Aqui está a IV parte do capitulo 1.

Anteriormente...

Quando Camilla abriu a porta estava gemendo sob o peso da sacola cheia.
- Um cafezinho pelo amor de Deus! Estou morta de cansaço!
- Mas que surpresa! - disse a irmã sem entusiasmo.
...

As duas nunca tinham sido muito chegadas. Os seis anos de diferença que as separavam, algumas vezes, pareciam intransponíveis. Camilla era muito alta mas bem proporcionada.
Olhou para dentro do apartamento por sobre o ombro e desculpou-se com um trejeito de desânimo:
- Não repare, isto aqui está uma bagunça! Hoje à noite vou dar uma festa e preciso me apressar para arrumar tudo.
- Uma festa? - Demetria apoiou a pesada sacola no quadril - E porque não me convidou?
- Pensei que você soubesse. Claro que está convidada.
Camilla não parecia sincera.
- Como é? Posso ou não entrar? Estou quase quebrando o braço.
Com relutância, Camilla deu um passo atrás abrindo caminho.
- Claro. Largue a sacola aí. Vou coar um cafezinho para você bem rapidinho porque preciso arrumar tudo antes das oito.
Demetria não ligou para a falta de hospitalidade. entrou e colocou a sacola no chão.
Ao olhar em torno teve a impressão de que uma bomba tinha explodido na sala de estar. A desordem era total. As cadeiras estavam cheias de discos e viam-se roupas espalhadas até pelo chão.
- Minha Nossa!
- Estava começando a pôr em ordem.
- Depois que eu tomar café vou dar uma mãozinha - prometeu Demetria indo na direção da cozinha.
Camilla a seguiu.
- Oh, você é um anjo caído do céu. Não saberia por onde começar.
Demetria acreditou pois ela também não sabia por onde começar. Aquela limpeza ia levar horas. Acabou preparando o café enquanto Camilla ficava deitada, languidamente, numa poltrona passando os dedos pela cabeleira.
- Tom vem à festa? - perguntou Demetria inocentemente.
- Porque você não pergunta se papai vem?
- E ele vem?
A irmã lançou-se um olhar atravessado.
- Claro que não. Nem ele nem Tom pode crer.
- Tom não está agradando?
- Nunca agradou se quer saber.
Demetria ergueu as sobrancelhas como se estivesse muito admirada mas ficou calada.
- Só mesmo da cabeça do papai. - acrescentou Camilla.
Demetria se fez de desentendida e passou-lhe uma xícara de café.
- E então, você vem? - perguntou a outra de má vontade.
- Com todo o prazer. Vou trazer uma garrafa de bebida está bem?
Camilla mordiscou o dedinho mínimo.
- Tem visto papai?
- Faz meses que não o vejo.
Era verdade. Aquela conversa pela manhã tinha sido a primeira desde o Ano Novo.
- E Tom?
- Nunca sei de Tom a não ser pelos jornais na secção financeira que por sinal não leio.
- Ele é um chato. - disse Camilla.
- Nem as orelhas se salvam. - murmurou Demetria.
A irmã levantou a cabeça surpresa e Demetria continuou:
- Você reparou como são pontiagudas? Quando ficar careca vai parecer um daqueles homenzinhos verdes de Marte.
Camilla deu uma risada.
- Tem razão. Nunca tinha reparado.
- Sou paga para observar coisas do tipo.
- Vai haver alguém muito especial na festa.
- Vai? - Demetria deu uma olhada no relógio de pulso evitando o assunto de propósito - Tome esse café para dar tempo de arrumar o apartamento antes que eu vá embora.
Não podia demonstrar muita curiosidade pois isso levantaria suspeitas.
- Dá tempo de sobra. É bom mesmo que você venha. Vai gostar de Joe.
- Joe?
- Joe Harris. Ele é fantástico!

Espero que tenham gostado!
Chegamos à personagem interessante: Joe Harris (Jonas na realidade).

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