Capítulo 4 - Parte 3

Olá a todos!
Obrigada pelo comentário, Amanda.
Aqui está mais uma parte do capítulo 4. Espero que gostem.

Anteriormente:
"- Faço questão de ver a Camilla!
- Você faz questão? - os seus olhos azuis pareciam faiscas - E quem é você para fazer questão aqui na minha casa?"

- Você faz questão? - os seus olhos azuis pareciam faiscas - E quem é você para fazer questão aqui na minha casa? Sou o proprietário desta terra, Sra. Foster. Aqui quem manda sou eu. Mando em tudo, entendeu?

Ela tremeu com raiva daquele homem orgulhoso e arrogante.

- Posso voltar acompanhada por um advogado.

- Não tente me ameaçar. - ele a encarou com frieza - Você era uma menina magrinha...mudou muito...

Vanessa não respondeu.

- Acho que eu preferia você como era antes. - ele continuou, provocante.
- Claro que pretendia - disse ela, perdendo a calma - Eu era presa fácil para um idiota oportunista como você, não é Zachary?
Ele pareceu enlouquecer. De repente, estendeu a mão e agarrou os cabelos pretos de Vanessa. Ela gritou ao sentir um fio do seu cabelo ser retirado.
- Idiota!
- Acho que agora você se parece mais com a menina que eu conheci. - disse ele, maldoso.
Vanessa se virou, se soltando dele e se aproximou do seu carro.
- Vou voltar. - avisou antes de entrar dentro do carro.
- Claro que vai. - disse ele, provocando.
Nesse momento, a maldade dos Morris despertou em Vanessa. Ela acelerou o carro e quase atropelou Zachary que se desviou assim que viu que ela ia passar o carro por cima dele. Vanessa ouviu um grito dele, mas não virou o carro. Quando estava já descendo a rua, viu que ele se aproximava dela com um Ferrari vermelho. Vanessa teve medo de conduzir mais depressa. Ela não era uma condutora exemplar e podia muito bem bater com o carro em algum poste.
Decidiu ir até Verona. Guiada pelo instinto, Vanessa tinha escolhido o caminho que ia dar à mansão. Alcançou a casa e saiu do carro a correr enquanto Zachary diminuía a velocidade para conseguir sair do carro. Ela chegou até à porta e usou a chave que o leiloeiro lhe tinha dado. Correu até ao seu quarto. O quarto que era dela em pequena. Se atirou nervosa e cansada sobre a cama.
Zachary não a podia alcançar. Ele não tinha a chave da casa, pensava ela. Vanessa estava redondamente enganada. Zachary sabia como a encontrar e trepou até à janela alta do antigo quarto dela. Assim que ouviu sua janela partir, ela se encolheu na parede do quarto.
- Não se aproxime! - gritou ela pegando numa jarra que estava na cómoda.
- Acha que vai me bater com isso? - ele riu, indo até Vanessa e a segurando pelos ombros. Sacudiu o seu corpo dela, mostrando o desejo da vingança nos seus olhos azuis.
- Me larga, Zachary!
- Vou ensinar você a não tentar me desrespeitar. - disse ele cheio de ódio.
Ela tentou se voltar e ir até à porta mas Zachary a agarrou. A sua mão forte e grande a prendeu com firmeza pelo braço. Ele a puxou até sentar-se numa cadeira e forçá-la, com violência, a deitar de bruços sobre os seus joelhos. Entendendo que ele lhe ia bater, Vanessa começou a gritar:
- Me larga, idiota! Não faça isso!
Vanessa gritava. Zachary estava lhe dando palmadas nas nádegas dela. Depois que se deu por satisfeito, Zachary empurrou-a fazendo-a cair no chão. As nádegas de Vanessa latejavam. Ela tinha ficado lá deitada, chorando baixinho, sentindo raiva e dor.
Depois de um tempo, ele tinha a agarrado com força e apertou-a contra si.
- Você passou muito tempo longe daqui. Oito anos...Parece que se esqueceu que eu sempre me vingo. - disse ele calmamente.
- Está bem, você se vingou! Agora saia da minha casa, oportunista!
Ele olhou sério para Vanessa. Chamá-lo oportunista metia-o chateado e ela sabia isso bem.
- Fizemos muitas brincadeiras loucas juntos - ele lembrou com um olhar sério - Mas não somos mais crianças. Este é o último aviso que vou dar: nunca mais me chame assim.
- Assim como? Oportunista? - provocou ela.
- Você merece ser jogada de um penhasco. Gostou de apanhar? Quer mais? Será que o seu maridinho era tão impotente que você veio buscar mais prazeres aqui nos arredores de Londres? Cansou de contar dinheiro nos Estados Unidos?
- Me larga, idiota! Quero sair.
- Ainda não. - disse ele - Ainda não terminámos.
- O quê?
Uma das mãos dele segurava Vanessa pelos cabelos e a outra estava na cintura. Ele puxou o corpo dela com força e encostou a sua boca nos seus lábios. Durante alguns instantes ela parou de lutar. O seu corpo tremia.
Voltando a si, ela se libertou com um empurrão. Passou a mão pela boca e recuou.
- Saia daqui! Saia agora!
- Não gostou?
- O meu tio sabia o que fazia quando o proibiu de pisar nesta casa. Você é um idiota! Casou com Camilla só para pôr as mãos em Verona, não foi? Quando viu que não receberia nada, que o casamento tinha sido em vão, desprezou e enlouqueceu Camilla, não é? Quais são os seus planos agora, Zachary? Tem alguma outra herança em vista? Ou está ocupado demais seduzindo a enfermeira da sua esposa?
- Não, mas talvez a enfermeira da sua prima.
Zachary queria ser brincalhão mas Vanessa continuava séria. Ele respirou fundo com a reação dela.
- Parece que você acreditou em todos os boatos. Meus parabéns. Estou até espantado por você ainda não ter me acusado de querer matar Liliane também.
- Liliane? Mais uma mulher na sua vida?
- Liliane é minha filha. - respondeu ele sério - Tem cinco anos.
- Eu não sabia...Mas preciso conhecê-la! A filha de Camilla!
- Minha filha - disse ele - E não pretendo deixá-la ser criada por outra pessoa.
- É claro que você é um homem ótimo, um pai carinhoso e dedicado, perfeito para educar uma filha, não é?
A ironia de Vanessa não atingiu Zac. Ele atravessou o quarto até à porta e destrancou-a. Voltando o rosto para ela, disse:
- Acho uma pena perder esta oportunidade. Sozinho com você num quarto e numa casa vazia...Mas acontece que tenho coisas mais importantes para fazer agora. Até outro dia, Vanessa!

Pronto.
O que acharam? Comentem, para eu poder saber.

Beijos.