quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Feliz Natal!

 Olá a todos!

Hoje venho aqui para desejar um bom natal a todos! Que fiquem em segurança junto dos vossos amigos e família!


P.S - Prometo que voltarei em breve!

sábado, 3 de outubro de 2020

Desafio Vencido

 Olá!

Eu participei do desafio de Sinopses da página Fábrica de Histórias com a minha sinopse da história "A Escolha Certa".

Esses dias saíram os resultados e eu venci o terceiro lugar. Deixo aqui o link dos resultados e a minha imagenzinha.


Link - Concurso de Sinopses

Volto em breve!

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

A Despedida - Conto (Desafio Literário)

 Olá!

Aqui venho com o meu conto para o desafio sobre contos ambientados no Brasil do Grupo Fábrica de Histórias.

Espero que gostem!

Título: A Despedida
Número de Palavras: 1.021 Palavras
Autora: Sílvia Andrade
Sinopse: Rafael viu o seu relacionamento de anos ruir por razões inexplicáveis. Luíza pegou um avião para São Paulo o abandonando, após o casamento do irmão dele. Porém, a despedida desgostosa não durou muito tempo. Tendo como última memória da ex um guardanapo de papel, Rafael pôde se permitir a um novo futuro.



Nunca pensei que fosse possível superar um amor tão rápido. O dia já passou. É meia-noite e cinco minutos. Estou há algumas horas encarando o relógio e tentando entender tudo o que aconteceu. Não consigo dormir. Viro incontáveis vezes na cama me perguntando se estou sendo estúpido. Eu não esperava que acontecesse dessa forma. Não tão rápido. Foi ontem. Mas parece ter sido há mais tempo do que isso.

Horas antes... 

Desdobro o guardanapo guardado no meu bolso com a mesma facilidade da primeira vez. Um fim. Nunca fui muito bom com despedidas. Acho que ninguém é. Mas dessa vez foi diferente. Não pensei que fosse me deixar assim, tão devastado.
Estou assentado na calçada da rua da minha casa. São seis da manhã e estou bem vestido demais para estar aqui. Mas não importa. As pessoas que passam estão bêbadas demais para notar.
Meu irmão se casou ontem à noite. Ele se juntou ao seu amor... e eu me separei do meu.
– Você precisa seguir sua vida, Rafael. – Me falou ela, com alguma frieza.
– O que você quer que eu faça, Luíza? Só me diz? O que eu faço?
– As coisas não são mais as mesmas.
– Não são mais as mesmas? Eu te dei tudo, Luíza, tudo. Eu te dei todo o meu amor.
Ela baixou a cabeça. Parecia mais envergonhada do que triste. Nem um ar de arrependimento ela tinha no rosto.
– Rafael... Não piore as coisas.
– Piorar? Você marca uma hora comigo aqui nesse bar, achando que você me ia dar uma boa notícia e vem para terminar comigo? Como você quer que eu reaja?
Ela reparou no olhar das pessoas. Estendeu a mão a um guardanapo. Ela me deixou um bilhete escrito à mão em um guardanapo de bar. Com uma letra bonita, inclinada para a esquerda, ali estava ela. Podiam ser palavras de amor, mas ela me deixou isso:

"As coisas não são mais as mesmas. Eu tenho que partir. Desculpa. Adeus".

Ela disse que as coisas já não eram as mesmas e que tinha que partir. Abanei a cabeça, frustrado e triste.
– O meu irmão casou ontem, Luíza. Casou ontem.
Ela baixou a cabeça. Não acredito nisso. Juro que não acredito nisso. Ela deveria ter sido minha acompanhante no casamento. Deveria ter usado um vestido longo e maquiagem, e entrado ao meu lado na igreja. Ela deveria ter notado que finalmente cortei o cabelo, depois de seis meses, e que estava usando uma gravata rosa porque era sua cor favorita. Ela deveria ter dançado comigo, e rido comigo, e ficado envergonhada comigo quando meu pai disse que eu deveria ser o próximo a me casar. Mas ela não fez nada disso. Porque ela me deixou.
– Desculpa, Rafael. – Ela se levantou da cadeira e saiu do bar.
Não tive como olhar para trás. Não tive como olhar para ela. Ela devia ter ficado comigo. Mas não ficou.
Os noivos pegaram o último voo para Buenos Aires há uma hora, e eu saí de lá para aqui. Para me sentar em frente à minha casa. Talvez eu espere que ela apareça e me diga que desistiu de voltar para São Paulo. Talvez eu espere demais.
Conheci a Luíza na faculdade de direito. Ela era tímida e eu tinha terminado o meu ensino médio com fama de garanhão. O pior é que nem era. Nos conhecemos e nos tornámos amigos. Com o tempo claro que essa amizade floresceu. Ela não acreditou que tivesse tido essa fama antes. Na faculdade passei a ter fama de nerd. Como a vida muda! Hoje podemos estar aqui e amanhã já não estamos. Hoje poderia estar celebrando o casamento do meu irmão com a Luíza, com ela, com a mulher que pensei que iria construir uma família e casar, mas ela sumiu. Sumiu dizendo que ia embora para São Paulo ter com a família afastada. Não era verdade. Que eu soubesse, ela nem tinha família em São Paulo. Ela é carioca. Uma típica carioca. Ela sempre amou as praias, o calor, o calçadão. Ela sempre amou o Rio. O Rio de Janeiro sempre será o lugar dela. São Paulo nunca será. E espero que eu também seja o lugar dela. Talvez eu tenha expectativa demais.
Alguém tosse perto de mim. Só reparei no chinelo no pé. A unha está pintada, é claramente uma mulher. Olho para cima por uns dois segundos e vejo a moça. É Jéssica. Uma antiga colega da faculdade.
– Como você está, Rafael?
Ela me lança um sorriso. Retribuo, porque é inevitável.
– Estou bem. E você?
– Também estou ótima. Eu me mudei, sabe?
Ela se sentou do meu lado na calçada.
– Aqui nessa rua?
– Sim. Não conheço ninguém. Está sendo difícil.
Eu sorri levemente.
– Agora você me conhece.
Ela sorriu também.
– O que estava fazendo?
Olhei em frente, imaginando um horizonte na minha cabeça.
– Pensando.
– Não parece muito bem.
Respirei fundo.
– Vai passar.
– Estou querendo uma ajuda por aqui. Não sei se irei te incomodar...
Ela esperou uma reação minha.
– Não será incômodo nenhum. De qualquer forma, – Digo, enfiando o guardanapo no bolso da calça novamente – estava aqui em um devaneio do qual não vou me arrepender de sair.
Ela sorri para mim.
– Problemas com a Luíza?
Eu me levantei do chão.
– Não, foi mais uma despedida.
Ela repetiu o meu gesto.
– Entendo.
– Amanhã te ajudo com os vizinhos, te apresento a eles.
– Obrigada. – Ela respondeu, sorrindo.
– Já agora, o que faz aqui a essa hora?
– Sei lá o que eu faço. Ainda não terminei a faculdade igual a você.
– Acho que nunca gostou de direito.
– Não, mesmo. Mas fazer o quê? Era ideia do meu pai. Por isso é que estou aqui. Vim morar sozinha. Um novo futuro.
Eu sorri com as palavras dela. Um novo futuro. Jéssica parecia feliz, diferente dos tempos da faculdade. Eu já tinha vivenciado esse momento algumas vezes. Aquele primeiro contato com o futuro. Uma nova vida. Ela parecia feliz. Ela parecia realmente feliz. 
Acho que foi aí que me esqueci do bilhete, do casamento, do aeroporto, dela. Me esqueci de tudo e me permiti dar lugar a um novo futuro. Assim como ela.

***

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Desafio Vencido

 Olá!

Vocês lembram daquele desafio literário que participei no Fábrica de Histórias?

Então, eu não venci o microconto, mas venci o primeiro lugar dos contos!

Idosa Independência venceu primeiro lugar do desafio sobre os contos e estou muito feliz!

Capa do conto

Vejam só o meu selo todo bonitinho!

E aproveitem para ouvirem o podcast onde foram anunciados os vencedores:

Link dos restantes vídeos do podcast: Podcast.

Aproveitem para se inscreverem!

Parabéns a todos os participantes e vencedores!

sábado, 25 de julho de 2020

Jornal da Fábrica - Podcast

Olá a todos!
Venho divulgar o Podcast Jornal da Fábrica, do grupo Fábrica de Histórias.


Lá no Grupo Fábrica de Histórias os moderadores e ADM têm um calendário de datas especiais e a ideia do podcast acabou por surgir.
No dia 20 de Julho começou a proposta nova: Podcast Jornal da Fábrica.

Neste primeiro podcast falaram um pouco do tema personagens femininas que deveríamos odiar (mas amamos).

Aproveitem para fazer um chá, ou café e ouçam!

Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=-6e6epUU-y8
Spotify: https://open.spotify.com/show/0MtjU5zana9bizEybm3XwN
Soundcloud: https://soundcloud.com/fabrica-de-historias/jornal-da-fabrica-episodio-1?fbclid=IwAR2PlNyTpN8Lsp4hx4muJXKAENVP3K8R4CJVsZjRncdKJS3-geps3wVE4nM
Podbean: https://fabricadehistorias.podbean.com/

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Idosa Independência - Conto (Desafio Literário)

Olá!
Aqui venho com o meu conto para o desafio do Grupo Fábrica de Histórias.

Título: Idosa Independência
Número de Palavras: 638 Palavras
Autora: Sílvia Andrade
Sinopse: Margarida é uma idosa senhora que vê o filho casar-se recentemente. Moradora de uma pequena aldeia, recebe o convite de ir morar com o filho e a esposa do mesmo. Margarida nega, pois a sua independência é o mais importante. Pelo menos, para ela.



Margarida era uma senhora idosa, baixa, magra e com os seus cabelos brancos. Era viúva, mas com um filho que, volta e meia, visitava a aldeia.
Sentou-se no velho banco de madeira no seu quintal que o seu avô lhe tinha oferecido, há mais de sessenta anos. O seu avô era carpinteiro, trabalhava com madeira e construía de tudo um pouco. Ele produzia e fazia vários brinquedos para depois oferecer às crianças da aldeia. Mas também trabalhava no ramo. Ela sempre era presenteada por algum brinquedo, quando era mais jovem, ou móvel, quando se tornou mais velha.
Margarida contemplava atentamente o céu azul de primavera. Ela vivia naquela casa humilde desde que se casara, tinha-se apaixonado pela beleza daquela aldeia e tinha até uma pequena horta em que cultivava legumes e frutas. Ela fora casada durante quarenta anos com Francisco, que era o seu amigo e vizinho. Desse casamento nasceu Adalberto, o seu único filho que morava na cidade, mas que, de vez em quando, visitava a aldeia para rever a mãe. Adalberto casara-se recentemente e tinha uma proposta para fazer à mãe. Esperava por ele no quintal. A campainha não tardou a tocar e a idosa foi atender Adalberto.
– Olá, mãe!
– Olá, meu querido, como está?
– Estou bem.
Eles abraçaram-se e a idosa disse-lhe para se sentar no sofá. Ele assim o fez. Margarida repetiu o gesto.
– A senhora sabe que me casei há pouco tempo.
– Sim.
– E sabe que sempre fomos muito unidos e... O pai sempre pensou que nunca me casaria... Falei até com a minha mulher...
Margarida interrompeu.
– Querido, o que me quer dizer?
– Mãe, é ... – Ele pareceu nervoso – É a mesma pergunta de sempre, minha mãe.
– Outra vez o pedido de viver com vocês?
– Sim, garanto-lhe que a Luísa também está de acordo.
A Luísa era a nora. Uma jovem muito bonita. Alta, morena, de olhos castanhos cor de avelã. Parecia ser muito simpática e até era. Seguiu profissionalmente medicina veterinária. Cuidava dos bichinhos. Tinha muito amor maternal. Margarida achava que ela daria uma ótima mãe. Mas também nunca foi pessoa de pressionar o filho.
– Querido, nós já falámos sobre isso.
– Eu não gosto de ver a mãe aqui.
– Mas eu sempre vivi aqui, querido.
– Eu sei, mas agora as coisas estão diferentes. Eu casei-me.
– E devia casar.
– A mãe sabe que eu demorei para casar por causa do pai.
– O pai sabe que o menino iria ter que ser independente alguma vez na vida.
– E eu sou, mas...
Margarida interrompeu, novamente.
– Querido, não tente me demover, eu já respondi a primeira vez e responderei sempre o mesmo. Eu não vou.
– Mas a mãe pode...
Margarida interrompe.
– Não vai acontecer nada comigo e se algum dia acontecer, metam-me num lar. Vocês têm dinheiro.
– Nunca colocaria a mãe num lar. – Adalberto pareceu ofendido.
– Meu querido – Margarida colocou a sua mão por cima da mão do filho – Respeita a minha decisão. Eu quero continuar a ser independente. Ainda tenho o meu cérebro intacto, não sofro de Alzeimer, estou lúcida... Enquanto isso acontecer, eu quero viver aqui, nesta casa. Na minha casa.
Adalberto respirou fundo. Compreendeu.
– Não é por causa da Luísa, não?
Margarida abanou a cabeça.
– Claro que não. Vocês estão casados, merecem viver a vossa vida com tranquilidade. Eu estou bem aqui.
Margarida sorriu. Adalberto desejava muito que ela fosse viver com eles. Margarida, de frente à janela da sala, sempre recusou e dizia que a vida dela era ali. A vida dela era assim. A vida de todos é assim. Como quando a chuva cai na terra, e sabemos que ela irá molhar-se, mas cedo o sol a aquece. É a lei da vida, o ciclo da vida. Nós nunca saímos de um lugar onde estamos bem. E Margarida sentia-se bem. Ainda era uma idosa independente e isso a fazia sentir-se bem.


Espero que tenham gostado!

Sem Medo - Microconto (Desafio Literário)

Olá!
Aqui venho com o meu microconto para o desafio do Grupo Fábrica de Histórias.

Título: Sem Medo
Número de Palavras: 131 palavras
Autora: Sílvia Andrade
Baseado na Música: How Does It Feel de Avril Lavigne

Vídeo:



Joana subiu os degraus do autocarro bastante calma. Tinha os cadernos todos rasgados nas mãos e a mochila quase vazia. Sentou-se nos últimos lugares e respirou fundo. Não era a primeira vez que lhe rasgavam algo, mas ela não se importava. Tinha uma família que a amava. Tinha pais, um irmão, sobrinhos, ela estava bem, sabia a sua importância... Mas, às vezes, aconteciam estas coisas, e quando estas coisas aconteciam ela sentia-se claustrofóbica. Não era amada pelos colegas e na escola sentia-se pequena num mundo grande, mas em casa ela podia ser feliz.
Colocou os fones nos ouvidos e começou a ouvir uma música no regresso a casa. A sua música, How Does It Feel de Avril Lavigne.

"Sou pequena e o mundo é grande, mas não tenho medo de nada".

Espero que tenham gostado!



domingo, 5 de julho de 2020

Desafios Literários

Olá a todos!
Vim divulgar um desafio literário do Grupo do Facebook Fábrica de Histórias.

Deixarei aqui as regras abaixo, avisando que irei participar e deixarei os meus textos aqui!



1) Microconto songfic - Devemos escrever um microconto de até 500 palavras baseado em qualquer música que a gente goste, de qualquer estilo. Não é para colocar o trecho da música no meio da história em separado. O trecho pode aparecer como epígrafe, mas devemos nos basear na letra para escrever a nossa história.





2) Conto com protagonista idoso - Podemos fazer um conto de 500 a 6.000 mil palavras sobre personagens que já estejam na terceira idade, relembrando que os dia dos avós é no fim do mês.

Regras:
1) Você pode participar dos dois desafios com quantas histórias quiser, mas só será premiado(a) com uma.
2) Respeite o tema e o limite de cada proposta;
3) Respeite as regras da plataforma em que postar sua(s) história(s); aceitarão histórias publicadas em todos os sites, incluindo blogs e sites pessoais.
4) Prazo de inscrições: 04 de Julho a 31 de Julho de 2020.
5) A história pode estar dividida em capítulos (no caso dos contos) desde que não ultrapasse o limite máximo e esteja marcada como concluída no dia 31.
6) A moderação do grupo pode participar, mas apenas para incentivar a comunidade. Nenhum admin ou moderador será premiado.

Premiação:
Selos de primeiro, segundo e terceiro lugares para cada proposta e divulgação especial no grupo e na página.

Para participar: Grupo Fábrica de Histórias
A página do grupo: Página Fábrica de Histórias

Deixarei os meus textos aqui!

domingo, 17 de maio de 2020

Aniversário de uma amiga virtual

Olá, gente!
Hoje vim aqui para parabenizar uma amiga virtual que conheci exatamente aqui no Blogger.
Acho que é a primeira e única pessoa que conheci aqui no Blogger vivendo em Angola. O que mais vemos é brasileiros e portugueses se conhecendo, ou que se conheceram, mas essa aniversariante falava com outro sotaque.

Ela se chama Erii e tem este blogue chamado Sons da Alma (clique no nome para entrar no blogue).
Lembro que a primeira curtinha com os leitores que ela escreveu foi comigo, com o meu nome e que ganhou alguns prêmios na época. A história se chamava Blind Date e foi uma das melhores curtinhas que foram lidas naquela época no Blogger.

Não podia deixar de passar este dia em branco, além de que fiquei feliz por conseguir ter encontrado ela nas redes sociais um tempo depois, quando ela abandonou o blogue (mas ela está de volta agora!).

Parabéns Erii!
Muitas felicidades!

Gif do site Tenor.com

Aguardo ansiosamente o seu regresso ao Blogger!

terça-feira, 14 de abril de 2020

Alguém ainda por aí?

Olá, gente!
Ainda há pessoal por aqui no Blogger?

Sei que alguns blogues ainda estão aqui presentes, queria saber se ainda há leitores.

Pretendo, pelo menos, terminar esta última história que ainda estava no começo, mas preciso de saber se querem o final, ou não.

Novo post em breve!